Em Manaus, SMTU diz que Sinetram desviou finalidade de verba



 A Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) afirmou, em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (14), que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) cometeu um desvio de finalidade de verba. A declaração aconteceu após o órgão (Sinetram), afirmar que os R$ 5,5 milhões - referente aos R$0,05 centavos da meia-passagem da tarifa de RS 2,75 - que deveriam ser repassados ao SMTU, já estariam sendo investidos no atual sistema de bilhetagem.

Valor devido seria equivalente a R$ 0,05 de cada passagem

O diretor de transportes urbanos da SMTU, Antônio Norte Filho, informou que nesses dois meses de nova gestão, a diretoria sentiu a necessidade de fazer um levantamento e verificou a falta de pagamento do montante de R$ 5.637.635,9. Segundo eles, o contrato deixa claro que o valor deveria ser destinado ao Órgão Gestor (SMTU).

Antônio afirmou ainda que o Sinetram cometeu um equivoco em afirmar que o dinheiro era de direito deles. "Tarifa é objeto de contrato, e dentro da cláusula vigésima quinta está claro que a remuneração dos serviços prestados será feita diretamente à concessionária pelo usuário de transporte coletivo através do pagamento da tarifa de R$ 2,75, sendo R$ 0,05 destinados ao órgão gestor", explicou.

O diretor contou que uma notificação foi enviada para o Sinetram no último dia 28 de maio, pedindo que o valor fosse repassado ao órgão. O advogado do Sinetram,  Fernando Borges de Moraes, enviou uma nota ao SMTU, informando que a quantia seria repassada, porém, na coletiva desta manhã, o Sinetram negou que o SMTU tenha direito de receber o valor e afirmou que já estariam usando o dinheiro para modernização do transporte coletivo.

Antônio Norte afirmou que se situação não for resolvida, o órgão irá levar o caso à esfera judicial. "Há de prevalecer o interesse da coletividade, e não de um grupo específico de empresários, portanto, caso não nos reste outra maneira, iremos entrar na justiça", declarou. Questionado sobre o motivo da cobrança não ter sido feita anteriormente (na gestão de Marcos Cavalcante), o diretor informou que não pode responder pela gestão anterior e que uma investigação deverá ser feita por órgãos controladores.

O Sinetram informou, em nota, que é constitucionalmente inviável ao Município arrecadar qualquer valor que não seja pela via tributária. E que o valor de cinco centavos está sendo aplicado no sistema de bilhetagem eletrônica, conforme previsto em planilha elaborada pela SMTU (a qual prevê gastos de mais de 1 milhão por mês com o sistema de bilhetagem eletrônica).
Fonte:D24am

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