Ele também aproveitou o discurso para criticar a imprensa,
frisando que temas como a amortização de dívidas, por exemplo, que deve somar
R$ 800 milhões ao final da sua gestão, não são abordados pela mídia.
“A essa altura do campeonato, todo mundo já deve saber que
não sou candidato (à reeleição)”, corroborou o prefeito Amazonino Mendes (PDT)
a cinco dias do fim do prazo para as convenções partidárias e a seis meses do
final do seu mandato. Ele aproveitou a cerimônia de posse do novo
superintendente Municipal de Transportes Urbanos, Wesley Aguiar, ocorrida na
tarde desta segunda-feira (25/06), para criticar mais uma vez a gestão anterior,
a mídia local e afirmar que descobriu uma fraude de 339 mil meias passagens/dia
no Sistema de Transporte Coletivo de Manaus, o equivalente a 67,8% do total de
beneficiados diariamente até o início de 2011.
Ele também aproveitou o discurso para criticar a imprensa,
frisando que temas como a amortização de dívidas, por exemplo, que deve somar
R$ 800 milhões ao final da sua gestão, não são abordados pela mídia
Ao ser questionado sobre uma eventual aproximação com o
PSDB, que tem como candidato o ex-senador Arthur Virgílio, Amazonino disse que
não ia comentar o assunto. O evento ocorreu na sede da Prefeitura – avenida
Brasil, Compensa, Zona Oeste.
Ainda sobre as meias passagens, o prefeito afirmou que foi
apresentado como carrasco, desalmado e impiedoso ao elaborar projeto que
reduziu o número de concessões na capital.
De acordo com ele, “a
mídia e uma postura uniforme de toda uma elite [...] que se levantou e
imprensou o prefeito”, aliadas ao Ministério Público Estadual (MP-AM), que
ingressou com representação para tentar vetar a redução após o projeto ter sido
aprovado na Câmara Municipal de Manaus (CMM), acabaram resultando em uma
posição do Supremo Tribunal Federal (STF), o qual aprovou a medida. De acordo
com ele, hoje, não há estudantes sem meia passagem em Manaus.
Amazonino voltou a criticar indiretamente o ex-prefeito e
candidato à prefeitura, Serafim Corrêa, ao afirmar que o extinto Instituto
Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) não possuía informações
consolidadas, tinha 500 servidores no seu quadro funcional, e que o sistema era
ineficiente, o que o fez pensar em acabar com a superintendência. Mas, ao invés
disso, ele decidiu “acabar com essa sangria” herdada por ele. “Hoje, se temos
ônibus novos nas ruas, é porque é um milagre”, disse.
O Sistema de Transporte Coletivo de Manaus, classificado por
ele como caótico, é fruto, segundo o prefeito, de erros passados. “Vejo com
tristeza os aplausos equivocados para coisas erradas, mas não acuso ninguém,
apenas relato os fatos que foram presididos pela incompetência ou negligência
(da antiga gestão), e não para atender a interesses”, discursou. Amazonino disse,
ainda, que o delegado da Polícia Federal, Wesley Aguiar, que assumiu o comando
do SMTU ontem, o ajudará a concluir o projeto elaborado durante sua gestão para
a melhoria do sistema, mesmo tendo pouco tempo à frente do órgão, já que seu
mandato encerra em dezembro.
Além disso, Amazonino classificou o projeto Bus Rapit
Transit (BRT) – idealizado para o transporte de passageiros em massa –, de
iniciativa da própria prefeitura, como monstrengo, e afirmou que o fato de a
prefeitura estar “humilhada”, o fez ceder, mesmo contra, já que não tinha voz
ativa.
Fonte:A Crítica
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