Durante a paralisação do transporte coletivo na manhã desta
terça-feira (10), as garagens das empresas de ônibus estavam lotadas (Carlos
Eduardo Souza/RCCOP)
Superintendente do órgão afirma que a paralisação é motivada
por uma disputa no sindicato dos rodoviários e não foi precedida de assembléia,
além de não ter sido comunicada nem atender à exigência de manutenção de 30% da
frota nas ruas. Mais de 500 mil usuários foram afetados.
A greve dos rodoviários das nove empresas de ônibus que
operam em Manaus e que, desde as 4h30 desta terça-feira (10), estão mantendo
cerca de 95% da frota nas garagens, afetando mais de 500 mil usuários do
transporte coletivo, é ilegal. Foi o que afirmou o atual superintendente da
Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Ivson Coelho, em
entrevista ao programa A Crítica Notícia, da rádio Nova A Crítica FM.
"A principal situação dessa greve é uma briga entre a
diretoria do sindicato. Essa paralisção é ilegal, pois para haver uma greve,
antes tem que haver uma assembleia e pelo menos 30% do transporte teria que
estar nas ruas, já que esse é um serviço essencial”, disse Ivson.
O superintendente afirmou que a greve dos rodoviários é
inconstitucional porque não atendeu preceitos fundamentais da Lei de Greve,
entre eles a realização de uma assembleia, a comunicação da prefeitura por
parte do sindicato e a manutenção de 30% da frota em circulação, que segundo
ele, não foi atendida.
"Até agora (7h30) não saiu nenhum ônibus. O movimento é
ilegal", afirmou.
Coelho ainda afirmou que já solicitou apoio da Polícia
Militar para garantir o retorno dos ônibus às ruas e evitar depredações da
"frota mais nova do Brasil", o que demandaria uma semana de
paralisação dos veículos para recuperar os danos. Ele também deve acionar a
Justiça.
"Vou pedir o estabelecimento da ordem à Justiça, e ela
vai decidir o que fazer com as pessoas que estão liderando o movimento.
Contatamos a PM e esperamos que em instantes a situação seja normalizada",
revelou.
O superintendente ainda afirmou que está em negociação com
os empresários e com membros do Sindicato dos Rodoviários, mas adiantou que os
supostos problemas trabalhistas apontados por parte dos trabalhadores não são o
motivo da paralisação.
Cerca de 8,5 mil rodoviários aderiram ao movimento. "É
uma questão interna do Sindicato. A Justiça afastou, por meio de liminar, a
antiga diretoria, e eles se rebelaram."
Fonte:A Crítica
0 comentários:
Postar um comentário