Com medo de não abrir as
portas por falta de funcionários, algumas lojas do Centro Comercial de Manaus
optaram por pagar táxis, mototáxis e até Kombi lotação para reunir seus
colaboradores.
Com a rotina alterada por conta
da greve dos rodoviários que marcou esta terça-feira (10), a população
amazonense teve que usar do famoso ‘jeitinho brasileiro’ para chegar aos seus
destinos.
Quem precisou sair de casa para o trabalho,
escola, consultas médicas ou para realizar uma simples compra pela cidade, teve
que recorrer aos meios de transportes auxiliares. O que mexeu diretamente com o
orçamento da população.
A Funcionária Pública, Francisca Marques de
52 anos, que mora no Distrito de Cacau Pirera, no município de Iranduba (a 27
quilômetros de Manaus), faz tratamento no Centro de Controle de Oncologia de
Manaus (Cecon), e tinha uma consulta médica agendada nesta terça, para as 9 h
da manhã, mas, ficou das 6h às 8h e 45 minutos esperando um ônibus do
transporte coletivo para chegar ao Centro de Oncologia.
Preocupada em não perder a consulta,
Francisca tentou barganhar com vários motoristas de táxi uma corrida até o
Cecon, e que saísse por um ‘bom preço’. Contudo, a funcionária pública, que em
dias normais disse pagar aos taxistas pelo percurso, Centro/bairro Dom Pedro
uma média de R$ 20 a R$ 25, nesta terça, não encontrou corrida com o preço
menor que R$ 35.
“Uma consulta como essa não é fácil de
marcar. Vim do Iranduba e não consigo chegar ao Cecon. A barganha junto aos
taxistas não está funcionando muito hoje, geralmente para pagar um pouco menos
recorro a uma conversa para não pagar o preço calculado pelo taxímetro, o que
encontrei foram vários taxistas tirando proveito dessa situação”, reclamou
Francisca.
Centro Comercial
Com medo de não abrir as portas por falta de
funcionários, algumas lojas do Centro Comercial de Manaus optaram por pagar
esse ‘dinheirinho’ a mais para o transporte dos seus funcionários.
O jeito mesmo foi pagar táxis, mototáxis e
até Kombi lotação para reunir os colaboradores. Um exemplo foi a rede de
supermercados Carrefour, de acordo com funcionários da loja que funciona na
avenida Eduardo Ribeiro, centro de Manaus, que preferiram não se identificar, a
empresa que possui pela manhã uma média de 100 funcionários trabalhando, teve
que pagar mototaxistas para pelo menos 50 deles.
“Tivemos prejuízo dobrado, além de termos uma
queda de 20% no número de clientes, tivemos que pagar esses preços
impraticáveis do mototaxistas”, disse a fonte.
A colaboradora ressaltou ainda, que a loja
que abre comumente às 7h só conseguiu abrir atendimento ao público às 8h. E
ainda com a falta de duas funcionárias.
Fonte:A Crítica
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