Usuários do transporte coletivo e estudantes colocam em
risco as próprias vidas, diariamente, ao esperar por ônibus, no asfalto, na
parada situada na avenida Getúlio Vargas, Centro da cidade, entre as ruas
Huascar de Figueiredo e Lauro Cavalcante, próximo a uma sorveteria. A
justificativa é de que a falta de visibilidade, provocada pelas árvores do
local, os leva a perder o transporte.
Segundo estudantes, a falta de espaço na calçada, provocada
por vendedores ambulantes, “empurram” também, os usuários para o asfalto. “As
pessoas tem que entender que o número de estudantes nessa área aumentou muito.
Temos mais de três escolas estaduais, faculdades e cursos profissionalizantes.
E os camelôs ocupam mais da metade da calçada”, disse o estudante universitário
Alípio Mendonça, 26.
Horários
Os horários de maior aglomeração na parada são do meio-dia
às 18h, quando os estudantes estão saindo ou chegando aos estabelecimentos de
ensino, e trabalhadores vão às suas residências. Usuários disseram que a
maioria dos estudantes costuma pegar o transporte coletivo naquele ponto de
ônibus. “Eu acredito que as autoridades não estão atentas às mudanças do
cotidiano da cidade. As árvores plantadas na calçada e os camelôs não deixam
espaço para o usuário, e você tem que esperar o ônibus no asfalto”, contou a estudante do ensino médio Mayara Chaves, 18.
Ela disse também, que alguns coletivos desviam o trajeto,
passando por detrás dos que estão parados. “Você não pode perder o ônibus,
porque eles demoram muito para passar”, falou a estudante.
Conforme os vendedores ambulantes instalados na parada da
Getúlio Vargas, as bancas não atrapalham. “Nós ocupamos a metade da calçada e
outros menos da metade. Eu acho que eles (usuários) podem ficar na outra
metade”, disse o camelô Antônio Ferreira, 38.
SMTU promete reforma e pinturas, mas órgão não informa a
data de início e fim das obras
Por meio de nota enviada para a reportagem, a
Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) informou que a parada
da Getúlio Vargas, passará por reformas e pintura. “Sobre a questão das árvores
que atrapalham a visibilidade dos usuários de transporte, a SMTU comunica que
irá solicitar da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) a poda destas
árvores”, finaliza o texto enviado pela assessoria de comunicação.
Outra dificuldade, esta enfrentada pela hoteleira Maria
Assunção, 45, que mora na avenida Coronel Teixeira (antiga Estrada da Ponta
Negra), é o perigo de que, com a aglomeração na parada de ônibus, ela perder
seu coletivo que passa na Getúlio Vargas após a meia-noite. “Uma vez quase
perdi meu ônibus. Tive que correr um ‘bocado’”, relata a trabalhadora.
Fonte:A Crítica
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