O nível do Rio Negro chega a 29,91 metros e continua
aumentando. No terminal, os usuários precisam ter cautela para não cair ou ser
atingidos pela água que é jogada pelos ônibus.
O Rio Negro atingiu, na quarta-feira (23), a cota de 29,91
metros e as águas já invadiram o terminal de ônibus da Matriz, que passa por
uma avaliação técnica da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos
(SMTU) para definir a necessidade de interdição do local. Na manhã de terça
(22), os usuários do terminal precisaram ter cautela para não cair ou ser
atingidos pela água represada que é jogada pelos ônibus.
Segundo a moradora do bairro Betânia, zona sul, a
industriária Maria do Rosário, que aguardava o ônibus da linha 704, mesmo a
área sendo a melhor opção para quem depende do transporte coletivo, a
Prefeitura já deveria ter interditado o terminal. A industriária reclamou que,
apesar da presença dos fiscais da SMTU, alguns motoristas ainda excedem o
limite de velocidade e molham os passageiros. “Não tem como não molhar pelo
menos os pés quando isso acontece”, afirmou.
Há mais de oito anos trabalhando como ambulante na Praça da
Matriz, Francisca dos Santos afirma que nunca viu uma cheia tão violenta e tem
medo de perder sua única fonte de renda. “Se a água continuar, o jeito é mudar
para outra área”, informou.
Atualmente 120 linhas, de todos os bairros de Manaus,
utilizam o terminal da Matriz. Fiscais da SMTU têm orientado os motoristas dos
ônibus a obedecerem à velocidade máxima permitida de20 km/h, para impedir que os usuários sejam atingidos
por respingos de água e lama.
A SMTU disse que está sendo feita uma avaliação técnica
diária no local, que determinará a necessidade de interdição nas próximas
horas. De acordo com a Superintendência Regional do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM) o Rio Negro deve continuar enchendo até o início de julho.
O engenheiro hidrólogo do CPRM, Daniel Oliveira, informou
que na quinta-feira (24), o órgão irá realizar um novo monitoramento, e o próximo
alerta sobre as cheias será divulgado até o dia 31 de maio. "Por enquanto
não temos como falar sobre quando o rio deve começar a secar, mas estaremos
monitorando semanalmente e divulgaremos nosso alerta no fim do mês de
maio", informou.
Um Balanço da Defesa Civil do Amazonas divulgado na última
terça-feira (22) informa que o Amazonas já contabiliza 53 municípios em
situação de emergência e três em situação de calamidade pública – Barreirinha,
Careiro da Várzea e Anamã. Ao todo, 77.661 famílias foram afetadas pela cheia
na região.
Fonte:D24am
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