A Federação das Cooperativas de Transporte Executivo do
Amazonas (Fecotran) recorreu na Justiça da decisão da Superintendência Municipal
de Transportes Urbanos (SMTU), que proibiu o tráfego dos executivos e carros
pequenos nas ruas do terminal de ônibus do Centro de Manaus, ontem (24).
A medida de suspensão de tráfego foi adotada pelo órgão
municipal por conta da cheia do rio Negro, que tem invadido as ruas do Centro.
Nessa quinta-feira, o rio registrou a marca de 29,92 metros.
A presidente da Fecotran, Waldenizia Melo, informou que a
categoria se reúne hoje com a superintendência a fim de chegarem a um acordo.
Ainda na manhã de ontem, cerca de 30 motoristas e cobradores do sistema,
realizaram manifestação na praça da Saudade, contra a decisão.
“Vamos perder 80% de nossa renda se deixarmos de circular
nas principais ruas do Centro. A SMTU quer que façamos o retorno na praça da
Saudade. Não há condições. O usuário não vai querer pagar R$ 4,20 de tarifa e
andar mais de 20 minutos para chegar ao Centro, ou retornar para a praça para
apanhar um de nossos veículos”, lamentou.
Segundo Waldenízia, os executivos vão propor, hoje, a SMTU,
para trafegar nas avenidas Epaminondas, Instalação, Sete de Setembro, Eduardo
Ribeiro, 24 de Maio, e Getúlio Vargas. “Fizemos o teste e nossos veículos têm
condições de passar nas ruas do Centro. Como podem nos proibir de trafegar se
os micro-ônibus do transporte convencional podem”, questionou.
De acordo com a presidente da Fecotran, os trabalhadores não
foram informados da decisão. Os cerca de 260 executivos que circulam no
terminal têm desviado para a avenida Epaminondas, seguindo pela rua Simão
Bolívar, na praça da Saudade e avenida Ferreira Pena para então seguir o
itinerário normal.
Revoltado, Maycon Silva, usuário do transporte executivo,
disse que a mudança no itinerário prejudica a população. “Não nos avisaram.
Quem usa o transporte diariamente, ficou sem opção. Eu vou ter que andar muito
agora para chegar ao trabalho” reclamou.
Análise técnica
A assessoria da SMTU informou, por meio de nota, que a
mudança no itinerário dos ônibus da modalidade executivo foi baseada em análise
técnica elaborada por engenheiros do órgão.
A equipe, segundo a nota, constatou que seria necessário
reduzir o número de veículos na rua Marquês de Santa Cruz em decorrência do
peso que pode comprometer a massa asfáltica.
A decisão pela permanência apenas dos ônibus convencionais
levou em consideração que esse tipo de transporte carrega mais passageiros e
tem capacidade para enfrentar um maior volume de água.
Por volta das 18h da última quarta-feira (23), um micro-ônibus
pregou em frente ao prédio da Alfândega.
Fonte:Em Tempo Online
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